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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Perigosamente Juntos - Capítulo I

Ei, meninas, escutem isso... _Terri interrompeu a leitura do jornal. _Um homem colocou um anúncio absurdo, na seção de classificados.
_Anúncio desse tipo é o que não falta nos dias de hoje _Marie comentou, enquanto pintava cuidadosamente as unhas dos pés.
_Mas este aqui é realmente especial. _Com ar divertido, Terri ancunciou: _O homem está à procura de uma esposa!
_ Grade novidade! Todos os dias os jornais publicam milhares de anúncios de pessoas solitárias, que procuram suam alma-gêmea.
_ Mas não é este o caso, Marie _Terri argumentou. _Quando se trata de um correio elegante, ou algo do gênero, as pessoas se apresentam, dizem como são, que tipo de gente gostariam de conhecer etc. Mas esse homem simplesmente diz precisa de uma esposa, com urgência. Só isso.
_É mesmo?
_Juro! Ele anuncia sua necessidade de uma esposa, como alguém diria que precisa de  um cortador de gramas novo, ou de uma antena parabólica.
_Agora entendo o que você quer dizer. O homem deve ser realmente maluco.
_Ou talvez esteja desesperado _disse Nicole, que até então estava calada, sentada em sua poltrona predileta, pensando no que faria de sua vida, dali por diante. _Talvez ele tenha uma boa razão para colocar esse anúncio aparentemente sem sentido.

Marie e Terri entreolharam-se, com ar cúmplice.
_Eu já sabia que Nicole diria isso _Marie Comentou.
_Ela sempre procura uma justificativa pra tudo. _Terri meneou a cabeça.
_E continua apostando no lado bom das pessoas. _Disse Marie. _Em vez de admitir que o homem é um neurótico, prefere acreditar que ele teve bons motivos para publicar um absurdo desses.
_As coisas nem sempre são o que parecem _ Nicole sentencio. _Aliás , na maioria das vezes, não são mesmo.
Terri e Marie trocaram uma piscadela e logo começaram a rir.
_Ela e seu faro jornalistico... _Terri comentou.
_Não é preciso ser jornalista para desconfiar das evidências _Nicole defendeu-se. _Em vez  de rotular o pobre homem como louco, por que não pensam na razão que o levou a agir assim?
_E que razão pode ter sido esta minha querida? _Marie indagou.
_Como posso saber? Se uma pessoa toma uma atitude drástica, é porque tem absoluta necessidade de fazê-lo.
_E o que seria uma absoluta necessidade? _Terri questionou-a. _A possibilidade de receber uma herança, cuja condição fosse estar casado?
_Eis aí uma ótima razão. _Marie gracejou.
_Talvez o motivo seja menos nobre _Terri opinou _Ou menos sério.
_Como por exemplo? _Nicole perguntou.
_Bem, o homem pode ser feio como Frankenstein, ou velho como Matusalém. Depois de várias desilusões, desistiu dos trâmites normais do casamento, preferindo ir direto ao assunto.
Por isso pôs o tal anúncio: Preciso de uma esposa... E Pronto!
_Mas se ele é um desiludido, por que ainda insiste em se casar? _Marie argumentou.
_Porque deseja um herdeiro, ora!
_Minha nossa. _Marie terminou de pintar as unhas fechou o vidro de esmalte, colocando-o sobre a mesinha de centro.
_Eu jamais aceitaria ser esposa de alguém assim, nem por um milhão de dólares!

_Quer dizer que o homem está oferecendo dinheiro? _ Marie perguntou, curiosa.
_Acho que não. _Terri leu novamente o anúncio. _Aqui não diz nada sobre isso. _Rindo, acrescentou: _Só faltava esse doido fazer uma oferta do tpo "torna-se minha esposa e eu lhe darei alguns dólares..."
_Bem, seja lá como for, vocês não deveriam caçoar _Nicole repreendeu ambas. _Já disse e vou repetir nós não conhecemos as razões que o fizeram tomar essa atitude.
_Já que está com tanta pena do pobrezinho, minha amiga, por que não responde ao anúncio? _Marie provocou-a.
_Sabe que não seria má idéia?
As duas a fitaram com espanto.
_Nicole, você enlouqueceu? _Marie reagiu, atônita.
_Você não pode estar falando sério! _disse Terri.
_Claro que não _Nicole esclareceu, rindo. _mas juro que eu gostaria de descobrir o que, exatamente, leva um homem a pôr um anúncio desse tipo no jornal.
_O instinto jornalístico de Nicole ataca outra vez _Terri comentou, com ar zombeteiro.
_Não a provoque, ou é bem capaz dela resolver levar esta loucura a sério _Marie a advertiu, no mesmo tom.
Terri riu, mas aos poucos foi se tornando pensativa. De súbito, afirmou:
_Talvez essa brincadeira acabasse resultando numa boa história, afinal.
_Como assim? _Nicole e Marie indagaram, ao mesmo tempo.
Dirigindo-se a Nicole, ela respondeu:
_Ora, você escreve maravilhosamente bem. E agora que está desempregada, teria tempo suficiente para pesquisar o assunto a fundo e...
_Entendo onde você quer chegar _Nicole a interrompeu, enquanto uma centelha de entusiasmo brilhava-lhe nos olhos azuis. _Sabe que sua idéia não é de todo má?
_Você acha, mesmo?
_Sim... Talvez eu pudesse me aproximar desse homem, analisá-lo a fundo e escrever um livro.

_Imagine só quantas pessoas solitárias existem neste país... Ou melhor, neste mundo. _Terri empolgava-se. _Elas bem que gostariam de ler um livro assim.Pois com certeza se identificariam com o personagem principal.
_É verdade.
_Esperem um momento, garotas! _Marie olhava de uma outra, com ar confuso. _Vocês estão levando essa brincadeira longe demais.
_Mas isso  não é uma brincadeira, amiga._disse Nicole.
Em seguida voltou-se para Terri._Por favor, passe-me o jornal, sim?
_Você vai realmente cometer essa loucura?_Marie arregalou os olhos.
_Por que não?_Nicole sorriu, com ar confiante._Afinal, não tenho nada a fazer,mesmo,
De fato, ela havia deixado um emprego de redatora, no Diário de Bude, naquele dia.
Ainda não tinha planos para o futuro. Mas pretendia trabalhar como repórter free-lancer, por algum tempo, até conseguir trabalho. num jornal ou revista de respeito...Cujo editor não pensasse que  por ela ser bonita, não possuía cérebro ou sensibilidade. Ah, como ansiava trabalhar com um editor que a respeitasse, em vez de tentar transformá-la num mero objeto de prazer.
Uma onda de indignação invadia Nicole, que recordou, com asco, a cena que vinha se repetindo havia dias.E que chegara a seu triste apogeu, naquela manhã...
Simon Snell, editor-chefe do Diário de Bude, começara a lançar-lhe olhares insinuantes desde o primeiro dia em que ela pisara na redação,apresentando-se como candidata ao cargo de redatora.
A princípio, Nicole nem se incomodara  com o fato. Aos vinte e seis anos, sabia-se bonita e atraente.Estava acostumada com o assédio masculino e julgava-se capaz  de desvencilhar-se sem grandes dificuldades.
O velho editor, porém, parecia estar acostumado a assediar suas subalternas, e ser bem recebido.Talvez por isso houvesse ficado tão confuso,quando ela lhe dissera que não estava interessada em qualquer tipo de relação, exceto a estritamente profissional.

Perigosamente Juntos

Comentários: 

O Primeiro Livro: Momentos Íntimos - Perigosamente Juntos

A Escritora: Margaret Mayo
Nascida no centro industrial da Inglaterra, Margaret Mayo vive atualmente numa vila da região rural de Staffirdshire. Ela tornou-se escritora quase aos quarenta anos, por mero acaso, depois de tentar escrever um conto.
Agora, escrever é uma das atividades que ela mais adora exercer, na vida, justamente com seu hobby preferido: a fotografia.

O Livro: Perigosamente Juntos
Casada com um estranho...

Por simples curiosidade e vontade de conseguir um furo de reportagem, Nicole Quest respondeu a um anúncio do jornal, na qual um homem procurava uma esposa.
Quando deu por si, estava concordando em se casar com o enigmático, arrogante e perigosamente charmoso Alexander Dufrais.

A aura de mistério que envolvia Alexander Dufrais era parte de seu charme... mas suas razões para contratar uma esposa, ou uma mulher que assumisse esse papel, pareciam bem fundamentadas.

Segredos e mistérios à parte, o que nem Alexander nem Nicole podiam prever era que se sentiriam loucamente atraídos um pelo outro. Mas ceder a esta tentação seria desrespeitar os rígidos termos do contrato de casamento com o qual ambos haviam concordado... Quem Venceria? A sensatez... Ou o coração?

Ficou curioso? Então aguarde o primeiro Capítulo!!!